Os 5 ritos tibetanos

Os 5 ritos tibetanos para o rejuvenescimento são uma prática tradicional que visa manter a longevidade do corpo e clareza da mente. Tal como a Saudação ao Sol (Surya Namaskar), estes cinco exercícios podem ser realizados diariamente, preferencialmente de manhã, para tonificar, alongar e preparar o corpo para o dia vindouro .

Este conjunto de práticas tem origem incerta, mas crê-se que tenham sido adotados há cerca de 2.500 anos por monges budistas radicados nos Himalaias. Estão relacionados com o Yoga na sua raíz clássica e ancestral e como tal, trabalham corpo, mente e espírito. Devem ser realizados de acordo com os princípios de respiração do Yoga (respiração nasal; movimentos para cima realizam-se inspirando; movimentos para baixo e torções realizam-se expirando).

Cada exercício pode ser repetido entre 3 a 5 vezes de início, e ir progredindo até se totalizar 21 repetições de cada um… Esta prática deve ser mantida por um período mínimo de 21 dias para se sentir integração.

 

1⁰ Rito

Começar na posição de Tadasana, em pé, com os pés à largura das ancas e com a coluna bem vertical. Afastar os braços na horizontal, com as palmas voltadas para baixo e girar o corpo no sentido dos ponteiros do relógio, da esquerda para a direita. Fixar um ponto em frente para manter o equilíbrio e evitar tonturas. Após terminar a repetição, baixar os braços e permanecer em Tadasana por 3 respirações profundas.

 

2⁰ Rito

Deitar de costas no chão e ao inspirar subir as pernas na vertical, criando um ângulo reto. Os braços permanecem no solo, ao longo do corpo, e a cabeça e os ombros são levemente elevados. Repetir o movimento. Quando terminar a série, permanecer deitado por 3 respirações profundas.

 

3⁰ Rito

Este rito é uma variação do Ustrasana. Começamos de joelhos no chão, com as pernas à largura das ancas e com as pontinhas dos dedos dos pés assentes no solo, braços ao longo do corpo. Ao inspirar colocamos as mãos na zona dos rins e alongamos o tronco para cima. Ao expirar retrofletimos, a coluna faz um arco para trás e olhamos para o céu. Repetimos o exercício e quando chegarmos ao final da série, descansamos sentados sobre os joelhos 3 respirações profundas.

 

4⁰ Rito

Sentamo-nos na posição de bastão, Dandasana, e ao inspirar, colocamos as ancas e o tronco num ângulo reto (dentro da nossa possibilidade), em Ardha Purvottanasana. Repetimos o movimento e quando terminarmos a série, deitamo-nos em Savasana, com as costas bem assentes no chão, braços e pernas ligeiramente afastados do corpo. Permanecemos por 3 respirações profundas.

 

5⁰ Rito

O último rito é um flow entre o Urdhva Mukha Svanasana e o Adho Mukha Svanasana. Começamos em quatro apoios, de joelhos no chão, pernas à largura das ancas e braços debaixo dos ombros. Inspiramos e ao expirar alongamos os tronco para trás, os braços alinham com as orelhas, o pescoço está solto, as pernas esticadas e os calcanhares na direção do solo. Ao inspirar, o tronco vem frente, ficamos em pontinhas dos dedos dos pés, os joelhos estão fora do chão, ombros afastados das orelhas e olhamos para cima garantindo uma retroflexão suave. Realizamos o movimento de forma fluida e quando terminarmos podemos deitar-nos em Savasana e realizar novamente 3 respirações profundas para promover a integração da prática.

Estes exercícios, quando realizados com frequência, garantem uma manutenção simples do corpo e o aumento gradual da mobilidade das articulações. A utilização da respiração ao realizar os movimentos tornam estes ritos num objeto de concentração e de atenção plena.
Podemos utilizar esta sabedoria milenar para nos trazer qualidade à nossa vida quotidiana.


Fonte e Imagens:
Yogateria